
Foi noticiado por vários órgãos de comunicação nacional o estado em que se encontra o Centro da Mama, no Hospital de São João, no Porto. O serviço funciona, desde a sua criação há 11 anos, em contentores. Este é um serviço especializado e dotado de uma equipa reconhecida e dedicada que realiza, por ano, 12 mil consultas.
Este serviço é a única unidade da especialidade do Serviço Nacional de Saúde e obteve o certificado EUSOMA (Sociedade Europeia de Especialistas em Cancro da Mama) pela excelência do tratamento.
Estas instalações provisórias nas quais o serviço se encontra há 11 anos não o permitem funcionar na sua plenitude e, embora esteja dotado com 25 profissionais que garantem os melhores resultados possíveis, as condicionantes do espaço resultam em salas de espera sempre lotadas.
O serviço, para além da equipa de cirurgiões, enfermeiros, radiologistas, psicólogos, nutricionistas, oncologistas e radioterapeutas, tem apenas uma funcionária no atendimento.
O Bloco de Esquerda vem por este meio demonstrar a sua preocupação para as condições nas quais o serviço se encontra há 11 anos e para a potencial degradação do mesmo. Defendemos ainda que as novas instalações previstas devam ser finalizadas o mais rápido possível e que a transferência do serviço para um local com condições dignas seja uma prioridade do Governo.
O Governo deve ainda estudar a necessidade de contratar mais profissionais de forma a reforçar a capacidade de resposta deste serviço. Só assim é possível garantir a qualidade de um serviço que já foi reconhecido a nível europeu e que tantas vidas pode salvar. A valorização do espaço, dos seus profissionais e dos utentes é a única forma de garantirmos que estes serviços de especialidade respondem às necessidades das populações.
Atendendo ao exposto, e ao abrigo das disposições constitucionais e regimentais aplicáveis, o Grupo Parlamentar do Bloco de Esquerda vem por este meio dirigir ao Governo, através da Ministra da Saúde, as seguintes perguntas:
1. Tendo em conta que já existe um espaço que está a ser intervencionado para albergar o Centro da Mama, qual a previsão para a sua conclusão e transferência do serviço?
2. Vai o Governo estudar a situação de forma a perceber a necessidade de contratar mais profissionais para o serviço?
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